segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Escute EletrOrquestra!

O disco EletrOrquestra está saindo do forno. Mas antes de chegar às lojas, disponibilizamos aqui algumas faixas para audição e a música "Onde Moro", - que tem Curumin na bateria - para download. Para baixá-la, basta clicar aqui.

Aperte o play e boa viagem!

01-De amar e de partir by luguedeseletrorquestra

02-Anjo do dia by luguedeseletrorquestra

03-Carimbó dub (vinheta) by luguedeseletrorquestra

05-Melodia Sentimental by luguedeseletrorquestra

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Lu Guedes e sua EletrOrquestra, em Belém, SP e RJ

foto: Renato Reis

Os serviços completos dos shows:

Belém (02/09)
Teatro Margarida Schivasappa
Av. Gentil Bittencourt, 650 – Nazaré
(0xx)91 3202-4317
20h30
R$10,00

São Paulo (08/09)
Bleecker Street
Rua Inácio Pereira da Rocha, 367 – Pinheiros
(0xx)11 3032-3697
www.bleeckerst.com.br/

22h
R$10,00


Rio de Janeiro (12/09)
Solar de Botafogo
R. General Polidoro, 180 – Botafogo
(0xx)21 2543-5411
www.solardebotafogo.com.br
20h30
R$10,00

www.twitter.com/EletrOrquestra

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

"De amar e de partir"

Canção que abre o disco "Eletrorquestra", "De amar e de partir" nasceu de uma parceria que vem de outros caminhos entre Lu Guedes e o poeta João de Jesus Paes Loureiro. Por email, o poeta conta como essa história muscial começou. E você confere abaixo:


Paes Loureiro

Equipe do Blog (E.B) - Como surgiu a parceria e essa amizade de vocês?
Paes Loureiro (P.L.) - Eu conheci primeiro os trabalhos de design da Lu. Gostei muitíssimo e a convidei para criar o projeto gráfico do livro "Fragmento", contendo imagens do meu poema título, da bailarina Ana Unger que coreografou e dançou um dueto com o poema projetado no palco e fotografias do Luiz Braga. Foi quando ficamos amigos e conheci sua arte musical. A partir daí passei a admirar seu talento nas duas áreas.
 Qual foi a primeira canção que fizeram juntos?
 E.B -  Paes Loureiro - Foi "Luandar", incluído no importante e belo  disco "Estrela d'Água". Que permanece ainda praticamente inédito. O que é uma pena. Eu tinha viajado para passar um ano em Portugal escrevendo grande parte do meu romance "Café Central - O tempo submerso nos espelhos" e a realizar seminários sobre estética no teatro e na dança. De lá mandei, via internet, a letra pra que ela musicasse.
 E.B -    E ‘De amar e de partir? Você fez a letra e mandou por email pra ela.  Como foi a criação da letra exatamente?
Paes Loureiro - Também. Aliás, temos duas músicas neste CD novo. Essa e "Imagens do rio". Toda vez tenho criado as letras em função dela, no que imagino de sua sensibilidade e pelo que conheço de sua visão da criação musical, que coincide imensamente com a minha.
 E.B - Como é ter uma letra musicada pela Lu Guedes? Ela consegue colocar o som nas tuas letras da forma como você imaginava?
P.L.- É, em primeiro lugar, a  garantia de fina sensibilidade e bom gosto na composição. E, também, porque a sua melodia que nasceu depois da letra parece que brota dos versos. Como a Lu também é muito boa letrista, há fluente harmonia com as minhas letras.
 E.B -  No que te inspiraste pra fazer a letra dessa canção, quais foram as tuas referências pra ela?
P.L. -  Uma canção, como toda arte, nasce de uma forma de sentir particular que se torna expressão do sentimento de quem escuta. Se universaliza, portanto. Quem escuta a obra sente o sentimento de quem criou, mas, através do seu sentimento pessoal de ouvinte. As minhas referência, no caso da música "De Amar e de Partir" nascem da emoção pessoal experimentada desses sentimentos  e da visão poética imaginada de todos os sentimentos possíveis de amares e   partidas existentes no mundo. Sabia que a Lu incorporaria essas emoções musicalmente expressas na letra. O que, plenamente, aconteceu.     
 E.B - A letra é dolorida e você consegue visualizar o que está sendo cantando. Quando escreves uma letra, tu pensas nessa questão da imagem, ou é algo que vai brotando. Como é que isso funciona?
P.L. - Na criação a gente pensa brotando enquanto brota pensando. No caso de uma letra, temos que pensar por nós e pela parceria. Uma letra é uma espécie de poema cuja alma é a melodia. Quando faço letras para a Lu, que é do que estamos falando, eu crio dentro do que percebo do espírito dela, daquilo que imagino de seu sentimento, de um modo que ela possa sentir a letra como nascida de sua alma. Creio que na hora de se colocar a melodia  no poema, ou vice versa,  há uma espécie de cópula virtual, em que as duas partes se interpenetram e se fecundam.
E.B -  Qual a canção do disco que mais te agrada, qual a tua canção eleita se tivesses que escolher uma canção e que esta fosse capaz de traduzir toda a sonoridade do disco, qual seria?
P.L. - O espírito do disco, eu penso que está em "De amar e de partir" conjugado com "Imagens do rio". Para destacar o que você qualifica como sonoridade, eu arrisco em apontar, de acordo com minha parceira,  "De Amar e de Partir". Mas, o que dirão as pessoas quando escutarem/sentindo o disco? Pode coincidir ou não com o que eu disse aqui. Eis a tortura do artista: a última palavra não é a sua, mas a de quem ou escuta, ou lê, ou contempla!... 

Veja e ouça a canção:



sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Esquenta no Prêmio Curupira!

O lançamento do disco "EletrOrquestra", da cantora Lu Guedes, em Belém é apenas dia 2 de setembro. Mas a cantora dá uma canja neste sábado, 20, em um outro  lançamento, o do  Prêmio Curupira de Música Independente da Amazônia, que será realizado no Parque dos Igarpaés, a partir das 21h. Bora?


domingo, 14 de agosto de 2011

'Onde moro'

Uma das dez canções do novo disco da cantora e compositora paraense Lu Guedes, "Onde moro" já está na programação da rádio Cultura de Belém do Pará. A música é uma composição de Lu Guedes, tem a participação do coro de crianças Helena Mohry, Arthur Guedes, Moara carneiro e Cauã Carneiro. E na bateria, o talento do instrumentista Curumim.
Foto de Bruno Pellerin
Para ouvir e baixar, clique no título abaixo:

Onde Moro (Lu Guedes)

Moro onde o tempo é tempo
Outros instantes
A noite se enfeita e o céu
Brilha em diamantes
Não corro, navego
Se ando, flutuo

Um banho de rio
Mergulho fundo
Um banho de rio
Mergulho fundo

Meninos-peixes
Meninas encantadas
Se amam a nadar

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Lu Guedes apresenta “EletrOrquestra”

Foto: Bruno Pellerin

Cantora e compositora paraense lança em Belém no próximo dia 02/09 seu mais novo trabalho, o CD ‘EletrOrquestra’. O disco tem patrocínio da Petrobras e também será lançado em São Paulo e Rio de Janeiro.
Se for perguntado a Lu Guedes quanto tempo durou a feitura do disco ‘EletrOrquestra’, ela é capaz de rir e responder, com toda a sinceridade: ‘durou uma vida’. E não estará, de forma alguma, mentindo. É que são assim os rebentos paridos à beira d´água na Amazônia. Os tempos escorrem lentos, a sintonia aguça, e o mundo é visto ao longe.
EletrOrquestra é um amadurecimento de ideias curtidas ao longo de uma trajetória. A gênese de tudo talvez seja a banda Maria Fecha a Porta, liderada por uma cantora ainda em busca de um caminho próprio. Época marcada por uma efervescência pop na capital paraense, que ecoava o rompimento das amarras musicais protagonizadas por uns recifenses antenados.
Belém gritava. Guitarras misturavam-se a tambores e regionalizações. Algumas bem intencionadas. Outras, nem tanto. Lu, de personalidade retraída fora do palco, buscava algo diferente. Que desse vazão aquela vontade de dançar e cantar quando ouvia Portishead, Massive Attack e Bjork, misturado às cantorias de marés, típicas do nordeste paraense.
Os batuques e cirandas namoravam os grooves e os loops.  Foi esse momento especial que ficou registrado em ‘Estrela D’água’, um cd demo que religava os carimbós a uma pista de dança moderna. ‘Dona Maria Chegou’, clássico de Mestre Lucindo gravado pelo ‘rei do carimbó’, Pinduca, era um exato exemplo disso. Para desenvolver o CD ‘Estrela D’Água’, Lu Guedes desenvolveu pesquisa sonora e de campo em terreiros de Mina Nagô, em Belém, para aprender sobre a musicalidade dos toques afros e construir um trabalho inédito a partir deles.
Mas as marés vêm e vão. Seguem seu próprio ritmo. Foi o que fez Lu. Esperou. Vicejou, madrugou esperanças. Amanheceu serena. Madura. O resultado é EletrOrquestra. Dubs praieiros, ciranda eletrônica, canções serenas, orvalhadas.

Capa do disco Eletrorquestra

É o resultado também de uma parceria com o produtor Victor Rice. Baixista aficionado por sonoridades jamaicanas, já trabalhou com nomes de peso desse estilo. É dele o conhecido baixo de "Dub side of the moon", que recria o clássico floydiano. Rice fez a mixagem do último disco de Marcelo Camelo, ‘Toque Dela’. Atualmente co-produz e mixa o CD ‘Pitanga’, de Mallu Magalhães.
“Concebi e gravei aqui em Belém. As timbragens e edição foram feitas por ele em São Paulo. Victor trabalha com máquina de rolo analógica, a mixagem foi feita ao vivo. Acho muito poética a maneira como ele faz isso. Só há uma chance para trabalhar com cada faixa, depois é tudo zerado para iniciar outra. É analógica, das antigas. Ele tem vídeos na net, onde só aparecem os dedos deslizando os botões. Precisos. No som certo”, conta Lu.
“Victor pincelou atmosferas e dinâmicas com sua sensibilidade, elevou a qualidade dos arranjos com seus delays e reverbs. A mixagem durou um mês, às vezes rolava o dia inteiro. Fazíamos pausas. Foi intenso. Precisávamos da calmaria da madrugada para focar somente no som. A insônia ajudou nesse processo. Trabalhamos distantes pela net, mas com uma sintonia incrível”, complementa.
O disco foi produzido por Lu Guedes e co-produzido por Adelbert Carneiro. O arranjo de cordas é do maestro Luiz Pardal, que recentemente foi o responsável pelos arranjos do show Terruá Pará, na capital paulista. “EletrOrquestra” foi mixado por Victor Rice em São Paulo e masterizado por James Cruz, em New York.
Lu adocicou o canto. A voz, suave, homenageia, de certa forma, Bjork. Mas há mais nessas influências cantadas e recontadas. O disco abre com ‘De amar e de partir’, parceria com o poeta paraense João de Jesus Paes Loureiro. “Mas se um dia fatal for a partida, não te partas de mim amargamente, nem te partas deixando-me partida, deixa a flor de um talvez em mim, pra sempre...”, canta, numa sonoridade que começa suave e vai num crescendo envolvente.
‘Anjo do dia’ é apenas de Lu. Revela as influências de rios. Depois vem o desfile de raízes próprias como a de Mestre Lucindo e um toque erudito, com Heitor Villa-Lobos. Uma das melhores, ou a melhor, do disco é ‘Onde Moro’. Com participação especial do baterista Curumim, nasceu pronta para alçar voos maiores. Não fica a dever a nada que tenha sido produzido ultimamente por festejadas cantoras da chamada nova geração da música brasileira.
EletrOrquestra é mais lento, mais denso, mais envolvente do que os trabalhos anteriores de Lu Guedes. Tenho tendência para músicas mais intimistas, calmas. Mas também gosto de distorções, timbres ácidos. Apenas curto do meu jeito”, pondera.
É essa essência que transpira, escorrega pelas mãos, adormece serena em cada audição. Sem fazer muito barulho, de um jeito simples, Lu chega, bate suavemente à porta, pede licença, entra. E fica ali, dentro dos nossos corações. É assim que ‘EletrOrquestra’ vai marcar presença nesse cenário fértil da música brasileira. E como diz a letra de Onde Moro: “Moro onde o tempo é tempo, outros instantes. A noite se enfeita e o céu brilha em diamantes. Não corro, navego. Se ando, flutuo. Um banho de rio, mergulho fundo”.
Texto: Ismael Machado
Faixas do disco:
1- De amar e de partir (Lu Guedes e Paes Loureiro)
2- Anjo do dia (Lu Guedes)
3- Carimbó Dub (Vinheta)
4- Lua Luar (Mestre Lucindo)
5- Melodia Sentimental (Heitor Villa Lobos)
6- Imagens do Rio (Lu Guedes e Paes Loureiro)
7- Meninos-peixes (Vinheta)
8 - Onde moro (Lu Guedes)
9 - Nayam ( Lu Guedes)

10 - Pra Oxalá ( Lu Guedes)